É o cuidado com a saúde mental da criança. Trata-se de um espaço potencial para acolhimento de angústias, medos, inseguranças; possibilitar que a criança expresse seus sentimentos e também um período de intervenções e orientação aos pais ou responsáveis, de forma a prevenir e solucionar conflitos e problemas. Nesse contexto, a fala dá lugar à ludoterapia (técnica psicoterápica que se fundamenta no fato de que brincar é um meio natural de autoexpressão da criança). Nas sessões, por meio da brincadeira, a criança liberta os seus sentimentos e problemas. O terapeuta cumpre o papel de facilitador, identificando conflitos e auxiliando a criança se posicionar frente a eles e frente ao mundo, ao mesmo tempo em que orienta os pais ou responsáveis acerca de como intervir diante dessas vivências.

Trata-se de um processo baseado na fala, que traz elementos inconscientes significantes e ajuda a tomada de consciência, fazendo com que o indivíduo perceba mais de si, de sua vida e de suas escolhas. Assim, torna-se possível para a pessoa identificar e lidar melhor com seus sentimentos e comportamentos. Por ser um processo cuja duração depende de cada paciente, não há um período definido. Geralmente, a frequência das sessões é semanal; em alguns casos, se necessário, podem ser realizadas mais de uma sessão por semana.

É um conjunto de técnicas e procedimentos que tem por objetivo verificar determinadas características psicológicas de uma pessoa. A avaliação psicológica busca compreender por meio de técnicas específicas as diferenças individuais, avaliando as capacidades, habilidades, características de personalidade e comportamentos do indivíduo. O psicólogo é o único profissional habilitado por lei para exercer esta função (CFP 007/2003).

Depressão é um estado de sofrimento mental crônico que se caracteriza pela alteração do humor, sentimentos de tristeza profunda, inutilidade, desesperança, baixa autoestima, culpa, podendo acarretar perda ou ganho significativo de peso e insônia. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

A ansiedade é uma sensação comum ao ser humano, que pode ocorrer de forma normal em determinadas situações, como, por exemplo, antes de eventos ou decisões importantes. A ansiedade excessiva ocorre quando, em situações rotineiras, o medo e as preocupações surgem de maneira exagerada, causando sintomas físicos e psicológicos, tais como:

tensão ou nervosismo;

problemas de concentração;

medo constante;

dificuldades para dormir;

irritabilidade;

taquicardia;

dificuldade para respirar;

aumento da sudorese;

náusea ou diarreia.

O trauma psíquico é uma sequela emocional ocasionada por experiências negativas quecausaram grande dor e sofrimento ao indivíduo. O evento traumático pode afetar os comportamentos, pensamentos e sentimentos, provocando modificações na vida da pessoa que o sofreu.

No campo da Psicologia, FOBIA constitui um transtorno mental, caracterizado por uma reação de grande ansiedade a determinados estímulos, de forma desproporcional ou mesmo incompatível com a realidade objetiva. Em pessoas acometidas de fobia, a ansiedade pode ser desencadeada por situações específicas que não apresentam perigo real.

Pessoas que sofrem de FOBIA costumam ficar bastante ansiosas e assustadas na presença ou ante a aproximação da situação causadora do medo, podendo apresentar sintomas físicos e psicológicos, tais como:

tontura ou sensação de desmaio;

sudorese;

agitação e tremores;

taquicardia;

imobilidade ou congelamento;

choro;

dificuldade para respirar;

pensamento de estar em perigo ou em risco de vida;

sensação de iminente perda do controle..

Transtornos alimentares são enfermidades mentais graves relacionadas a comportamentos alimentares persistentes. As taxas de morbidade e mortalidade por esses transtornos estão entre as mais altas observadas em doenças psiquiátricas. Suas causas são complexas e envolvem fatores diversos (psicossociais e fisiológicos), exigindo uma ampla configuração de tratamentos para interromper a alimentação inadequada, os comportamentos associados e as complicações médicas que estão comumente presentes.

É uma técnica moderna utilizada no tratamento psicológico. Foi desenvolvida no final da década de 1980 pela Drª. Francine Shapiro, médica psiquiatra norte-americana. Essa técnica, em que se utilizam estímulos visuais (movimentos oculares, segundo a formulação original), sonoros ou táteis bilaterais, promove a estimulação dos hemisférios cerebrais, possibilitando a dessensibilização e o reprocessamento de experiências traumáticas. Ao longo do processo terapêutico, a memória de situações traumáticas é invocada, as sensações decorrentes são avaliadas e aplicam-se estímulos bilaterais ao paciente. Aos poucos, pensamentos, sentimentos e imagens perturbadores se dissipam, sendo espontaneamente substituídos por uma atitude positiva. Desfaz-se a carga negativa e muitas vezes se recuperam lembranças positivas associadas à situação. Pacientes costumam relatar a sensação de que o evento foi finalmente colocado “no passado” e que, embora dele se lembrem com clareza, o ato de rememorá-lo já não lhes acarreta qualquer incômodo.

O EMDR pode ser empregado no tratamento de ansiedade, depressão, insegurança, medos, traumas, fobias, TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), baixa autoestima, transtornosalimentares e obesidade.

Uma das principais vantagens do tratamento por meio de EMDR é a perspectiva de se alcançarem resultados eficazes em um período de tempo relativamente curto — trata se de um processo psicoterapêutico breve e focado. A técnica deve ser aplicada por um psicoterapeuta com formação específica e pode ser utilizada em crianças, adolescentes e adultos.